Depois de vários meses sem escrever, voltei!!!
Fiquei sem escrever pois passei por um período bem puxado em relação às dores. Voltar a trabalhar piorou muito. As medicações só aumentando e aumentando. As dores também.
Passei por um período tão ruim que tive vontade de desistir de tudo, inclusive vontade de excluir o blog. Não adianta que ninguém tem noção da dor. Não adianta que não tem remédio que melhore. Não adianta que não consigo ver uma luz no final do túnel....Sei que lutei, lutei e sempre tentei escrever linhas de otimismo para servir de exemplo aos outros portadores de DSR. Mas não sei se estava querendo me enganar ou se estava querendo enganar os outros. A melhor frase que já escutei para resumir a DSR realmente é: "se tiver melhora, não é DSR".
Comecei a tomar o cymbalta junto com o lyrica, melhorei por alguns dias. Parece que o organismo vai acostumando com a medicação e passa a não fazer efeito. Aí aumentam as doses, aumentam os efeitos colaterais e não sei o que é pior, se as dores ou os efeitos colaterais.
Tenho passado muito mal, muito tonta e irritada com a dor. Trabalhar me faz bem no sentido de estar com a mente ocupada, em me sentir útil e estar com pessoas que amo, mas a dor piorou muito. Não consigo mais andar na rua com apoio das muletas, pois depois não aguento de dor. E para piorar a minha cervical está estourada. Os poucos passos que dou com apoio das muletas é para me locomover na ida e volta do meu trabalho.
Já tive dias mais desanimada do que hoje. Tive dias tão ruins que não dava nem para navegar na net e escrever como estava passando. A minha perna ainda está inchada, ainda alterna entre esbranquiçada e avermelhada, ainda tenho que lutar com a dor que chega até o meio da coluna.
Casa dia é uma nova batalha. Cada final de dia vejo as sequelas deixadas pelo duelo. Chego em casa cansada, sem forças, sem vontade de comer, fraca. Confesso que estou cansando de apanhar. Tô achando que não vale a pena querer ser a "mulher maravilha", pois esta não tem nada de imbatível, pelo contrário, só tem sido nocauteada. Mas o problema é que amo o meu trabalho e se eu ficar sem ele acho que aí eu piro de vez.