quarta-feira, 27 de abril de 2011

Semana Santa



Comparei a minha dor nesta Páscoa com a minha dor da Páscoa passada e cheguei a seguinte conclusão : estou melhor sim!!! Lembro-me que na Sexta-feira Santa do ano passado eu tentei acompanhar a procissão do Nosso Senhor Morto (lógico que usando duas muletas) e recordo-me que eu chegava a morder os lábios de tanta dor. Eu não consegui acompanhar toda a procissão (que não é muito distante, é só uma volta na praça da cidade) e acabei tendo que sentar no banco da praça. Quando cheguei em casa a minha perna estava super inchada e fria (detalhe: naquela época eu não sabia que tinha que mantê-la aquecida e não sabia conviver com a DSR, como hoje).

Vou contar um segredo para vocês, portadores de DSR, o que descobri durante a procissão do ano passado e que faço até hoje quando sinto muita dor - eu coloco a minha dor aos pés da Cruz de Cristo e ofereço esse sacrifício a ele. Sim, pois por pior que seja a dor que sentimos, nunca poderemos compará-la à dor de Cristo em seu calvário e morte. Isso me alivia, pois saber e sentir o amor e a dor de Cristo , que morreu na Cruz para nos salvar, me faz forte para enfrentar a dor e superá-la. E assim faço desde a Páscoa passada. Posso garantir que ajuda a aliviar as dores, quando fazemos com fé, muita fé.


Na procissão deste ano, eu não a acompanhei. Fiquei sentada no banco da praça e a acompanheir com os olhos. Pois temos que ter consciência que não podemos forçar o membro afetado, senão a dor aumenta. Lembra da história que contei do "monstrinho"? Pois é...se sei que não posso forçar a perna, então tenho que evitar fazê-lo. Assim, ela pode até doer e inchar um pouco, mas não entro em crise.

E assim pude assistir a procissão passar, sem precisar morder meus lábios de dor (como no ano passado). E assim vou aprendendo a conviver com as minhas limitações e tentando aproximar a minha vida do normal, que é o que mais desejo.


E aproveito para desejar uma Feliz Páscoa para todos que me acompanham e que nós, portadores da DSR, possamos ressuscitar para uma vida nova sem dor.

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