quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Palmilha em Gel / Silicone


Uma boa palmilha em gel ou silicone, ajuda bastante. Eu só uso calçados com calcanheiras ou palmilhas em silicone. Diminuem o impacto e o contato com o sapato.

Palmilha em Gel / Silicone

sexta-feira, 1 de junho de 2012

DSR - Crise novamente

É...o frio chegou. Tô ralando. A perna está inchada, avermelhada, brilhosa e doendo muito, muito mesmo. Algumas idas no hospital, mais medicações,... mas confesso que não adiantou nada. Tá queimando. Tá difícil de aguentar o peso do edredon sobre a perna. Sem posição para dormir.
A DSR é como se fosse uma antena de TV com interferência  - onde a imagem não chega nítida. É assim a informação que o sistema nervoso leva ao cérebro, "com interferência". O cérebro recebe tudo que é externo com "interferência". Resultado: emite a resposta errada e retorna em inflamação, inchaço e dor. O que não era para doer, dói muito; o que não era para apertar, aperta muito; o que não era para sentir frio, congela; o que não era para se cansar, leva a exaustão. Isso é a DSR. 24h convivendo com a guerra da interpretação do convívio do contato externo ao nervo afetado, ou seja 24h de dor.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Férias


Após anos sem ir a praia, resolvi testar a minha DSR por lá. Aproveitando que eu não estava em crise e que estou de férias, lá fui eu.
Para a minha surpresa não foi bom.
O vento, mesmo usando meia de lã, aumenta muito a dor. Entrar no mar é muito difícil, pois pisar na areia gera uma dificuldade muito grande para o pé, pois o mesmo não tem força para vencer a areia fofa. A água é fria para a perna - não dá para ficar na água.
E o que eu estava sonhando em fazer, que era passear no calçadão da praia, também não dá para fazer. A calçada era de pedra portuguesa, então a trepidação da cadeira nessas pedrinhas gera uma dor insuportável. Não rolou também. Só deu para tirar umas fotos e nada mais.
Mas estar de férias faz bem para a cabeça e renova a nossa energia. Mas a minha experiência na região de praia foi frustante, pois eu achava que a dor iria diminuir devido ao calor e acabou sendo o contrário, ela aumentou muito. Mas valeu a experiência e se eu tiver a oportunidade de voltar, voltarei, pois apesar da dor faz bem para o espírito.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Estou ótima!!!

Viva verão!!! Viva o calor!!! Estou ótima. Pouca dor e animadíssima.
Diminui a dosagem da medicação e a dor está bem branda. Se essa melhora nunca tivesse ocorrido (janeiro do ano passado foi a mesma coisa) eu até diria que estou ficando boa.
É muito bom !!!

Até consigo andar sem muletas (alguns passos somente). Para andar uma distância maior, tenho que contar a ajuda das minhas amigas muletas mesmo (rsrsrsrs). Mas não estou precisando usar a cadeira de rodas. Tenho conseguido ficar mais tempo em pé. E quando chego em casa não estou indo mais para a cama (como há alguns meses atrás). Não tenho mais aquela dor que vai do pé até o meio da coluna. Agora ela varia entre o pé e o joelho, mas sempre alternando alguns pontos.

O calor realmente faz milagres!!! Viva o verão!!! Viva o calor!!!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Depois de meses....

Depois de vários meses sem escrever, voltei!!!
Fiquei sem escrever pois passei por um período bem puxado em relação às dores. Voltar a trabalhar piorou muito. As medicações só aumentando e aumentando. As dores também.
Passei por um período tão ruim que tive vontade de desistir de tudo, inclusive vontade de excluir o blog. Não adianta que ninguém tem noção da dor. Não adianta que não tem remédio que melhore. Não adianta que não consigo ver uma luz no final do túnel....Sei que lutei, lutei e sempre tentei escrever linhas de otimismo para servir de exemplo aos outros portadores de DSR. Mas não sei se estava querendo me enganar ou se estava querendo enganar os outros. A melhor frase que já escutei para resumir a DSR realmente é: "se tiver melhora, não é DSR".
Comecei a tomar o cymbalta junto com o lyrica, melhorei por alguns dias. Parece que o organismo vai acostumando com a medicação e passa a não fazer efeito. Aí aumentam as doses, aumentam os efeitos colaterais e não sei o que é pior, se as dores ou os efeitos colaterais.
Tenho passado muito mal, muito tonta e irritada com a dor. Trabalhar me faz bem no sentido de estar com a mente ocupada, em me sentir útil e estar com pessoas que amo, mas a dor piorou muito. Não consigo mais andar na rua com apoio das muletas, pois depois não aguento de dor. E para piorar a minha cervical está estourada. Os poucos passos que dou com apoio das muletas é para me locomover na ida e volta do meu trabalho.
Já tive dias mais desanimada do que hoje. Tive dias tão ruins que não dava nem para navegar na net e escrever como estava passando. A minha perna ainda está inchada, ainda alterna entre esbranquiçada e avermelhada, ainda tenho que lutar com a dor que chega até o meio da coluna.
Casa dia é uma nova batalha. Cada final de dia vejo as sequelas deixadas pelo duelo. Chego em casa cansada, sem forças, sem vontade de comer, fraca. Confesso que estou cansando de apanhar. Tô achando que não vale a pena querer ser a "mulher maravilha", pois esta não tem nada de imbatível, pelo contrário, só tem sido nocauteada. Mas o problema é que amo o meu trabalho e se eu ficar sem ele acho que aí eu piro de vez.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Codeína

É....confesso que não é fácil não. Só com muita codeína para dar uma aliviada e dar continuidade no dia-a-dia. O frio está judiando muito. Tenho tomado PACO (que é a mesma fórmula do TYLEX), em conjunto com o Lyrica e estão sendo o meu alívio. Voltar a trabalhar aumentou bastante o nível da dor, mas ainda bem que o meu organismo está respondendo ao PACO (paracetamol e codeína) e estou conseguindo aliviar a dor com essa medicação. Muito bom.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Dor após o almoço

Outra descoberta interessante - o processo de digestão após o almoço ativa a dor. O nível da dor aumenta bastante. E pensando bem, sempre ouvi dizer que no processo de digestão o sangue sai das extremidades para ajudar no processo de digestão. Para uma pessoa normal, não dá para notar essa diferença, mas para mim é totalmente identificável. Mas só estou notando isso agora devido ao frio intenso. Quando o tempo esquenta, não dá para notar.
Mais alguém já notou isso? Se sim, me fala ....

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O frio ataca com força total

Não é novidade que o frio ataca a DSR. Isso todos os portadores de DSR e as pessoas que acompanham o blog já sabem. Mas que ele é cruel, ah, isso é mesmo.
Recordo-me que quando comecei a fazer fisioterapia com o Dr. Carlos Melo ele foi muito sincero comigo me informando que íamos tratar para que eu ficasse com a menor seqüela possível, mas que eu ficaria com alguma seqüela sim. Falou que DSR não tinha cura e que a dor que eu estava sentindo me acompanharia para o resto da vida, depois que ela estabilizasse. E que a minha perna sofreria de osteoporose precose e intensa. E outra coisa interessantes que ele me alertou foi sobre o frio, que se ele fosse eu pensaria seriamente em me mudar para uma cidade mais quente, pois assim eu sofreria menos.
É....o tempo passou e olho para trás e vejo que tudo que ele me ensinou é a mais pura verdade. Tem dias, como hoje, que sinto vontade de mudar de cidade, pois não há meias que consigam aquecer a perna. Hoje, por exemplo, estou com uma calça de lã, duas meias de alpaca, mais aquela perna de meia de soft e uma calça por cima disso tudo. E com bota forrada de pêlo. E acredita que o pé e a perna estão me matando de dor? Mas é dor de DSR gerada pelo frio. Eu conheço cada tipo de dor. A dor gerada pelo frio, a gerada pelo peso do corpo sobre a perna, a de contato, a do vento, a do estress e a do movimento da musculatura da perna. Mas sinceramente, a pior é a gerada pelo frio.
Só que não adianta que as pessoas não acreditam na dor que a gente sente. Principalmente a minha, pois sou uma pessoa muito sorridente e de bem com a vida. Sei que deve passar na cabeça dos outros - ah, deve ser igual a minha dor de coluna, ou então, deve ser igual quando eu torci o pé. Agora aprendi a não falar mais sobre a dor com os outros, pois não adianta. As pessoas não entendem, não conhecem e não acreditam que não há remédio que passe a dor. Acham que deve ser como uma dor de cabeça, que quando aparece, toma o remédio e pronto, depois de quinze minutos passou.
Ultimamente quando encontro com pessoas na rua que ainda não me viram de muletas e perguntam o que houve? Eu simplesmente respondo : caí em casa. E só. Não adianta gastar saliva para explicar o que nem a medicina sabe explicar.
Mas mudando de assunto e contando coisas boas - pois o meu blog é para contar coisas boas e sempre as minhas conquistas. Tenho uma novidade incrível para contar para vocês :
Estou trabalhando!!! Sim, Deus é muito bom!!! E permitiu que eu voltasse a trabalhar. E está sendo ótimo. Tive todo o apoio da empresa que eu trabalho e dos meus colegas de trabalho também. Para quem deve estar se perguntando como eu consegui voltar a trabalhar usando muletas, sem conseguir descer escada, com DSR e a empresa aceitou? É lógico que tive que passar pela avaliação de peritos no INSS e pela Reabilitação profissional do INSS, que foram muito legais comigo também me apoiando na minha tentativa de volta ao trabalho.
Confesso que não está sendo fácil, mas é gratificante. A felicidade de voltar a trabalhar supera qualquer dor que possa me derrubar. No começo foi muito difícil pois eu não conseguia dormir durante a noite de tanta dor, mas as coisas foram se ajeitando, eu me adaptando, as pessoas também se adaptando a mim. E estamos indo. Deixei de fazer algumas coisas que eu fazia e as pessoas passaram a avaliar o que pedir para mim. É interessante como as pessoas também se adaptam a essa nova Cris, meio limitada mas cheia de alegria por estar de volta ao lado dos colegas de trabalho. Eu amo meu trabalho e o faço com o maior prazer do mundo. E trabalhar é bom que distrai a cabeça, faz a pessoa se sentir útil e de volta à vida. Tenho certeza que o meu trabalho (junto com a minha fé) serão os melhores remédios para a minha recuperação.
Agora é torcer para não fazer muito frio neste inverno, né?
Portadores de DSR, deixo uma mensagem para vocês: a gente tem que querer do fundo da alma lutar contra a DSR, ter consciência das limitações, das coisas que aumentam a dor e ativam a crise, mas temos que ser fortes e superiores a isso tudo. Pois se formos fracos, ela dominará o corpo e ficará cada vez mais difícil a recuperação, pois ela domina. Eu sei disso porque já cheguei sentir dor de mesma intensidade até na outra perna e no braço. Nessa época, eu tinha pena de mim, e foi a pior época da DSR. Quando eu parei de ter medo dela e resolvi enfrentá-la, tudo pareceu mais fácil.
E hoje vivo assim, determinada a vencer a DSR.

sábado, 28 de maio de 2011

Que frio é esse?

Caramba.....que frio é esse? Haja dor, heim? Parece que a perna tem um ímã que atrai toda a friagem. O frio ativa a DSR e a perna incha, dói, dá uma sudorese e ativa o brilho e aquele aspecto de "plástico". É muito ruim. A chegada do frio neste ano está pior que a do ano passado.
Mas tenho ótimas novidades também, mas só vou contar na próxima semana.....inté.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

DSR no joelho

Esse relato é de uma amiga, que também tem DSR - só que no joelho. Ela me autorizou postar sua história para que seja mais uma fonte de informação.


A minha amiga Sha já possui DSR no joelho, há 3 anos e só há 2 anos que foi diagnosticado a DSR. Ela teve um problema no joelho e sofreu três cirurgias, mas na quarta a DSR apareceu. Operou bursite e acabou tirando a bursa. O médico dela desconhecia a DSR.E o quadro dela só foi piorando, piorando, pois a DSR já estava instalada e como todos sabem a dor é insuportável.



Depois de muito sofrer e não saber mais o que fazer, resolveu procurar um médico fora da cidade dela, o qual diagnosticou a DSR no joelho. No exame clínico ele já diagnosticou a DSR devido ao brilho na perna, o inchaço e a dor fora do normal. Foi aí que ela começou a fazer bloqueios simpáticos lombares....mas não adiantou muito.


bomba elastomérica para analgesia da distrofia


Ela chegou a usar uma bomba elastomérica de infusão contínua ligada a virilha. Passou por muitos tratamentos anestésicos usando morfina e ketamina. Depois passou para medicação via oral. E o sofrimento só continuando.....sua perna perdeu o movimento... e acabou parando a fisioterapia pois só piorava o quadro dela.
Já não tendo mais alternativas, resolveu colocar um neuroestimulador. A fase de adaptação está sendo bem complicada. No início os cortes também doeram muito e o primeiro neuroestimulador acabou quebrando. Depois colocou outro. Apesar dela ter achado que a dor estava começando a ficar controlada, esse transtorno de ter quebrado o neuroestimulador, a fez sofrer bastante pois a DSR voltou "com a corda toda". Ela agora vai tentar tratamento no Rio de Janeiro (pois é de outro estado) e peço a Deus que a ajude e alivie sua dor.
local onde foi implantado o neuroestimulador

Fotos do local onde foi colocado o gerador do neuroestimulador

radiografia

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Semana Santa



Comparei a minha dor nesta Páscoa com a minha dor da Páscoa passada e cheguei a seguinte conclusão : estou melhor sim!!! Lembro-me que na Sexta-feira Santa do ano passado eu tentei acompanhar a procissão do Nosso Senhor Morto (lógico que usando duas muletas) e recordo-me que eu chegava a morder os lábios de tanta dor. Eu não consegui acompanhar toda a procissão (que não é muito distante, é só uma volta na praça da cidade) e acabei tendo que sentar no banco da praça. Quando cheguei em casa a minha perna estava super inchada e fria (detalhe: naquela época eu não sabia que tinha que mantê-la aquecida e não sabia conviver com a DSR, como hoje).

Vou contar um segredo para vocês, portadores de DSR, o que descobri durante a procissão do ano passado e que faço até hoje quando sinto muita dor - eu coloco a minha dor aos pés da Cruz de Cristo e ofereço esse sacrifício a ele. Sim, pois por pior que seja a dor que sentimos, nunca poderemos compará-la à dor de Cristo em seu calvário e morte. Isso me alivia, pois saber e sentir o amor e a dor de Cristo , que morreu na Cruz para nos salvar, me faz forte para enfrentar a dor e superá-la. E assim faço desde a Páscoa passada. Posso garantir que ajuda a aliviar as dores, quando fazemos com fé, muita fé.


Na procissão deste ano, eu não a acompanhei. Fiquei sentada no banco da praça e a acompanheir com os olhos. Pois temos que ter consciência que não podemos forçar o membro afetado, senão a dor aumenta. Lembra da história que contei do "monstrinho"? Pois é...se sei que não posso forçar a perna, então tenho que evitar fazê-lo. Assim, ela pode até doer e inchar um pouco, mas não entro em crise.

E assim pude assistir a procissão passar, sem precisar morder meus lábios de dor (como no ano passado). E assim vou aprendendo a conviver com as minhas limitações e tentando aproximar a minha vida do normal, que é o que mais desejo.


E aproveito para desejar uma Feliz Páscoa para todos que me acompanham e que nós, portadores da DSR, possamos ressuscitar para uma vida nova sem dor.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

DSR x Aumenta nível de crise alérgica ?



Eis uma questão que vou postar em meu blog e que vai ficar para estudos posteriores da doença. Será que a DSR influencia no processo alérgico de uma pessoa? Vou contar rapidamente o que aconteceu comigo há 9 dias atrás.....eu quase morri.

É verdade...hoje eu estar escrevendo estas linhas é simplesmente a Misericórdia Divina do Pai que me deu uma nova chance de viver.




No domingo retrasado, dia 27 de março, fui colocar frutas para os pássaros (livres) daqui de casa, como de costume e UM (sim, um único) marimbondo me picou. E não levou 5 minutos para eu entrar em choque anafilático. Eu considero ter morrido, pois a sensação da morte foi muito forte e a certeza de estar partindo também. Acho que no meu último suspiro, quando passa um filme em sua cabeça de toda sua vida e você percebe que está indo embora mesmo, foi quando conectei em Nosso Senhor e pedi mais uma chance de vida. E realmente naquele momento eu senti como se fosse um sopro de vida e voltei por uns segundos vomitando, me urinando e evacuando e logo após desmaiei novamente. A reação entre ser picada e estar entrando em choque, não demorou 5 minutos. A picada, que foi no ombro, não doeu muito, mas logo após senti uma queimação que começou nos pés e foi subindo junto de um líquido gelado e que estava transformando o meu corpo todo. Em segundos fiquei toda vermelha, dos pés à cabeça e desmaiei. Não coçou, nem doeu. Não deu tempo de nada. Não vi nada.

Só consegui ser reanimada no hospital com injeção de adrenalina na barriga e outras injeções que nem sei quais foram. Quase fui para o CTI mas fiquei internada até quinta-feira. Hoje já estou em casa e ainda com medicações fortes e fazendo vários exames pois desde o fato tenho sentido muitas dores no peito e dificuldade em respirar. Estou contando isso porque acho que essa minha reação alérgica foi ativada depois da dsr diagnosticada. Eu sempre tive alergia, mas rinite alérgica ou aquela alergia de coçar um pouco mais, esquentar o local e inchar a picada de um borrachudo, mas nada que afetasse a minha vida. E relembrando os fatos, depois da dsr instalada, eu levei duas picadas de borrachudos no meu outro pé (o da foto abaixo) que acabou ficando mais inchado que o da dsr (na época). E por coincidência eu guardei as fotos e vou postá-las para que vocês possam ver o inchaço. Mesmo tomando antialérgico, o inchaço durou vários dias.

Bom, então fica a dúvida (ou a dica) para os portadores de dsr (e para os médicos estudarem sobre essa hipótese) se há alguma relação de aumento de nível de alergia para as pessoas que desenvolvem essa síndrome.


Tenho um amigo, que também tem dsr no pé esquerdo, que também é super alérgico. Coincidência? Sei lá?!?!?!

Outras fotos do reinício da crise no mesmo dia. Na hora da crise anafilática a minha pele não teve essa reação alérgica. Ela simplesmente ficou toda vermelha e como se fosse áspera. No final do dia que recomeçou com essas manchas e logo depois elas foram aumentando, aumentando e inchando tudo. Mas só tenho fotos do início.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Cada dia é um dia

Realmente a DSR é imprevisível. Anteontem acordei com pouquíssima dor e cheguei a comentar : "acho que estou ficando curada". Como dizem naquele ditado "felicidade de pobre dura pouco". E é verdade. Na mesma noite tive uma noite com muita dor (talvez tenha abusado por não estar sentindo dor) e cheguei a sonhar que a minha perna estava roxa. Não só dormi com dor como acordei com dor e engraçado, ela piorou muito. Ficou mais brilhosa e chegou a inchar. Não sei se é devido a mudança do tempo, se é mudança de lua (como os antigos dizem), ou se ela simplesmente acordou da hibernação (é o termo que costumo usar para ela).
Às vezes brinco com amigos dizendo que tenho um "monstrinho" hibernando - e aponto para a perna. Falo que sei o que ele gosta e o que ele não gosta. E faço de tudo para não aborrecê-lo. É engraçado, mas é verdade - é como se fosse um monstrinho mesmo. Então para mantê-lo calmo eu procuro deixar a perna sempre aquecida, comer muita banana (para diminiur a câimbra), não apertá-la com meia nem com calça (sempre usar tecido macio), não usar calçado apertado, não fazer tens na fisioterapia, nunca, nunca colocar gelo, e todos aqueles itens que já mencionei anteriormente no blog. Assim o mantenho calmo para conseguir conviver com ele.
É....mas quem não tem um monstrinho na sua vida para conviver? Tem gente que tem diabetes, outros pressão alta, outros câncer, outros pouca imunidade e vivem gripados....acho que todos temos um monstrinho, né? Temos que aprender a dominá-lo para termos uma qualidade de vida melhor.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Calcitonina

Comecei a tomar calcitonina em novembro, segundo recomendações médicas de minha prima Diana (que é médica e contactou amigos nos EUA) e achei que o quadro de dor melhorou bastante depois de um mês de medicação. Ela disse que esta medicação tem que ser iniciada quando recém diagnosticado e nos EUA costumam receitar esta medicação no início e a resposta tem sido satisfatória. Ela não sabia se iria ter uma boa resposta, já que o meu quadro já tem um ano.

OBS: lembrando que o meu blog é um relato da minha experiência e que não estou fazendo propaganda de nenhum tipo de remédio e nem indicando nada. Consulte seu médico, pois ele saberá a medicação correta a ser usada.

É a primeira vez que vejo um remédio com indicação para DSR. Vou transcrever o conteúdo da bula:
"Indicações: Distrofia Simpático Reflexa (sinônimo: algodistrofia ou doença de Sudeck) decorrentes de diversos fatores etiológicos e predisponentes, tais como, osteoporose pós-traumática dolorosa, distrofia reflexa, síndrome ombro-braço, causalgia, distúrbios neurodistróficos induzidos por medicamentos.
Posologia: O diagnóstico precoce de distrofia simpático reflexa é essencial e o tratamento deve ser iniciado logo que o diagnóstico seja confirmado. Spray nasal: recomenda-se a administração de 200Ul ao dia em dose única, por um período de 2 - 4 semanas. 200Ul a cada dois dias podem ser administrados a seguir, durante até 6 semanas, dependendo do progresso clínico."

É lógico que o meu quadro é um conjunto de ações que estão fazendo com que eu melhore. O clima, que esquentou, é um dos fatores de maior relevância. Tenho todo um histórico de tratamento correto, com hidroterapia, terapia crânio-sacra, knesio terapia, drenagem linfática, meia para manter o membro aquecido e tantas outras coisas. E o remédio veio complementar.
Eu não consigo descer uma escada, subir uma rampa ou fazer ponta no pé, mas a única coisa que me impede de ter uma vida normal é a dor. A dor ainda existe, mas com todo esse tratamento, consigo controlá-la com o uso de muletas para não sobrecarregar a perna. O músculo tibial e fibular queimam de dor. O tornozelo também. Mas se eu não forçar, tipo tentar andar sem muletas, a dor é bem branda (o que antes não era possível). Mas se eu tentar andar sem muletas, aí entro em crise novamente e volto para a estaca zero. A minha perna mexe sozinha, tenho picos de dor altíssimos, a perna dói toda, dos dedos do pé até a coxa. Mas mesmo com as recaídas, o tempo de recuperação tem sido mais curto. O que antes eu cheguei a ficar 2 meses em crise por ter feito uma estravagância, agora dura em torno de 1 semana. Mas isso tudo lembrando novamente que o tempo (calor) está colaborando bastante. Não sei se estivéssemos no inverno eu estaria escrevendo estas linhas.
Estou animada. Quero voltar a trabalhar o quanto antes. Quero a minha vida de volta. Agora estou dependendo da readaptação do inss para que eu possa tentar a voltar a trabalhar usando muletas para poder me locomover. Mas tenho fé que vou conseguir e que no início do ano estarei de volta ao meu trabalho.
Aproveito para desejar um Feliz Natal para todos os meus seguidores e visitantes e que em 2011 possamos comemorar a minha volta ao trabalho e quem sabe, a minha cura (pois para Deus nada é impossível).

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Oxigenoterapia Hiperbárica (terapia com oxigênio)


Distrofia simpatica refleja (dolor fantasma)
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Segundo informações do site : http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-42302004000300016&script=sci_arttext, que é da revista da Associação Médica Brasileira, segue as informações sobre oxigenoterapia :

A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) é uma modalidade terapêutica que consiste na oferta de oxigênio puro (FiO2 = 100%) em um ambiente pressurizado a um nível acima da pressão atmosférica, habitualmente entre duas e três atmosferas. A OHB pode ser aplicada em câmaras com capacidade para um paciente (câmara monopaciente ou monoplace) ou para diversos pacientes (câmara multipaciente ou multiplace). A oxigenoterapia hiperbárica é reconhecida como uma modalidade terapêutica que deve ser aplicada por um médico. No Brasil, as indicações foram regulamentadas pelo Conselho Federal de Medicina, mediante resolução CFM 1457/95.

As indicações para a realização da terapia hiperbárica são as seguintes:

•Embolia gasosa
•Doença descompressiva
•Embolia traumática pelo ar
•Gangrena gasosa
•Síndrome de Fournier
•Outras infecções necrotizantes de partes moles: celulites, fasceítes e miosites
•Vasculites agudas de etiologia alérgica, medicamentosa ou por toxinas biológicas (aracnídeos, ofídios e insetos)
•Lesões por radiação: radiodermite, osteorradionecrose e lesões actínicas de mucosas
•Anemia aguda, nos casos de impossibilidade de transfusão sanguínea
•Isquemias traumáticas agudas: lesão por esmagamento, síndrome compartimental, reimplante de extremidade amputada e outros
•Queimaduras térmicas ou elétricas
•Lesões refratárias: úlceras de pele, pé diabético, escaras de decúbito, úlceras por vasculites auto-imunes, deiscências de sutura
•Osteomielite
•Retalhos ou enxertos comprometidos

A OHB consiste em uma modalidade segura apresentando poucas contra-indicações. Os efeitos colaterais da OHB estão relacionados à variação da pressão e/ou toxicidade do oxigênio. A toxicidade do oxigênio está relacionada à dose oferecida e ao tempo de exposição ao tratamento hiperbárico. As toxicidades pulmonar (inexistente com doses clínicas de OHB) e neurológica são as mais importantes.


Eu não conheço ninguém que tenha tentado esta terapia para DSR, a não ser este vídeo acima que faz um relato.

Lembrando que este blog é só um orientador de sugestões para que o portador de DSR possa consultar seu médico. Nunca faça nada sem a orientação médica.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010


Acho que nenhuma terapia ou remédio são melhores do que a Fé. É acreditar na Providência Divina. É acreditar na Misericórdia de Deus.
Hoje eu estava relendo meu blog e reavaliando o meu quadro. Sempre que a dor melhora, me acho capaz de voltar ao dia-a-dia normalmente (mesmo sentindo um pouco de dor). Mas a realidade não dura muito, pois no mesmo dia sinto dores terríveis e acho que não vou ficar boa. E essa história tem se repetido inúmeras vezes nestes últimos meses. São altos e baixos como se fosse um gráfico. Quando melhoro, quero contar para todo mundo que estou boa. Quando pioro, acho que não vou ficar boa nunca. As pessoas não conseguem entender o que passamos, pois ninguém acredita que essa doença é uma incógnita para a medicina. Ninguém acredita que não existe remédio que tire a dor. Só as pessoas que também possuem DSR é que conseguem entender.
Hoje o dia foi chuvoso e frio. Na realidade, a semana toda está assim. E junto a dor aumenta, e confesso que desanimo também. Eu queria a minha vida de volta. Eu queria voltar a fazer as coisas normais do dia-a-dia. Queria passear na rua, ir ao supermercado, atravessar correndo uma rua, andar na beira da praia, passear com meus cachorros,... E são nesses dias em que desanimo é que tenho que me apegar mais e mais em Deus e saber que Ele está ao meu lado. É saber que a dor que sinto é muito pequena perto da dor de Cristo na cruz. É agradecer a Deus pela dor, pois através dela tenho crescido e me transformado. Isso me faz forte e reeguer a cada dia. Renovar a minha fé na certeza que Deus me ama e que sou tão abençoada, me faz acreditar que amanhã eu posso amanhecer curada.

sábado, 6 de novembro de 2010

11 meses

É...tive dias melhores,...piores,....e assim um dia após o outro. Mas posso resumir que mesmo tendo recaídas, o meu quadro está cada dia melhor. Colocamos o tens para testar se realmente o que eu achava era verdade - que piora o quadro. E realmente piora. Um dia de tens resultou em dois dias sem conseguir colocar o pé no chão. Portanto, posso afirmar que tens é prejudicial para DSR. O tens é super indicado para analgesia de outros casos, mas não para causalgia.
O meu pé voltou a inchar e o brilho intensificou um pouco. Estas fotos são do dia 05 de novembro de 2010. E observem a diferença do brilho e da cor das duas pernas. Ah, tem um detalhe - eu parei a terapia crânio-sacra e o brilho que estava bem ameno, voltou. Então também posso afirmar que a terapia crânio-sacra faz diferença no tratamento - tanto no brilho, como no inchaço e na dor também. Na época que eu estava fazendo esta terapia, foi a melhor época do meu quadro.