Já tem 5 meses da minha lesão inicial. O que posso falar da evolução do quadro? Que o brilho na perna melhorou, mas ainda há uma nítida diferença entre as duas pernas. A dor melhorou, pois no início eu não conseguia nem apoiar o pé. Hoje já consigo apoiar o pé e deambular com auxílio de uma ou duas muletas, pois depende da dor. Já consigo dormir a noite toda, o que antes não era possível devido a dor. Atualmente, a dor é meio sem regras. Dói por qualquer estímulo externo (frio, toque, movimento de andar) ou mesmo por estímulo nenhum. Mas mesmo quando a dor alivia, a sensação da perna é diferente da outra. É como se ela não fizesse parte do corpo, ou seja, fosse um membro estranho. Mas o alívio da dor está diretamente ligado ao efeito do remédio, pois sem o Lyrica, a dor permanece constante. E como já havia falado, os "esparadrapos elásticos" também fazem diferença. Mas isso (remédio e esparadrapos) levando em consideração que a perna esteja agasalhada, pois senão não há remédio que tenha efeito.
O frio da perna também diminuiu, mas permanece na perna toda, apesar de mantê-la sempre com meião de lã (duas meias). A friagem chega até a coxa. A minha marcha continua comprometida e não consigo descer escadas (deixando o pé machucado como apoio). O meu joelho está mais solto e forte devido a fisioterapia, mas está doendo para caminhar. A dormência da pena diminuiu também. O que achei estranho é que perdi um pouco o controle (coordenação) da perna esquerda. Quando tenho que fazer exercícios na hidroterapia, parece que o cérebro não comanda perfeitamente, principalmente quando o movimento é raro (tipo pedalar para trás na água). O cérebro encontra grande dificuldade para este tipo de coordenação. Ainda não tenho sensibilidade ao tens.
Estou tomando cuidado redobrado para não me machucar, principalmente na perna, pois sei que causaria danos a minha recuperação.
Tenho me sentido mais cansada.
O meu joelho está diferente de alguns meses atrás (parece que inchou a parte de baixo). Talvez seja parte da atrofia muscular ou mesmo efeito por eu não andar corretamente. Mas se eu não estivesse tratando, estaria bem pior.
A minha avaliação é otimista. Acho que estou melhorando e reconheço que a melhora é bem pequena em relação ao tempo, mas há melhora. Sei que ainda tenho um longo caminho pela frente e que a minha doença está ainda em processo de evolução. Sei que pela frente vou enfrentar uma possível osteoporose nesta perna, fibrose e atrofia, mas o nível de cada uma só vamos saber daqui a alguns meses. Vou começar a tomar cálcio e já alterei a minha alimentação para evitar alimentos que descalcificam (refrigerantes, bebidas gasosas, café).
É importante também o acompanhamento por um neurologista. O meu neurologista é o Dr. Paulo Rosa.
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